terça-feira, 28 de novembro de 2017

Analise das obras de Andrea Palladio

“ A BELEZA É RESULTADO DA FORMA E DA HARMONIA COM O TODO”
- Palladio

Andrea di Pietro della Gondola, ou ainda “Palladio”, nasceu em Pádua, na República de Veneza ,na Itália, em 1508. Foi um dos maiores e mais influentes arquitetos e pesquisadores do Renascimento italiano do século XVI. Quando jovem iniciou sua carreira como aprendiz de escultor, logo após dedicou-se aos estudos em Vicenza, se tornando pedreiro em oficinas, e um excelente construtor. Por volta dos seus 30 anos de idade, Palladio atraiu a atenção do conde Gian Giorgio Trissino, um afamado humanista que se interessou por seu talento e que se tornou seu mentor e o fez receber uma educação humanista com ênfase em arquitetura. Logo, Palladio se interessou e tomou como referencias  a arquitetura dos antigos romanos e os princípios definidos por Vitrúvio e Leon Battista Alberti. Palladio fez algumas viagens a Roma,
efetuando medições exatas em ruínas antigas, e isso resultou em seus primeiros dois livros, seguindo de um terceiro que reconstruía com desenhos e textos eruditos prédios desaparecidos da Antiguidade. Porém, foi por volta de 1570 que Palladio registrou sua celebre e principal obra, “Quattro Libri Dell'Architettura ”, que se tornou o segundo tratado mais influente de todos os tempos, perdendo apenas para o tratado Vitruviano.


A obra de Palladio deriva da arquitetura clássica greco-romana, admirada por seu equilíbrio e simetria. Ricos em ilustrações, os quatro volumes reúnem uma análise do próprio trabalho de Palladio, suas pesquisas sobre a arquitetura clássica, as ordens arquitetônicas, as edificações domésticas e públicas, o urbanismo e a construção sacra. Aborda a idéia de proporções harmônicas, assim como, o formato da planta , no qual estuda um esquema com uso de regularidade harmônica e simétrica perfeita, sobre um ou dois eixos. Partindo da idéia de que haveria poucos elementos decorativos, Palladio prefere deixar o triunfo para a perfeita proporção do partido e adota as ordens arquitetônicas em cada fachada e de um ático e frontão triangular.


Como dito anteriormente, sua principal obra  escrita dividi-se em quatro livros, no qual o primeiro relaciona e trata dos fundamentos da arquitetura, montando assim um tratado das cinco ordens; enquanto que o segundo trata-se da casa particular, dos palácios edificados nas cidadeS e das vilas projetadas para o campo, trazendo exemplos e comentando a casa dos antigos Romanos e Gregos. Já no terceiro livro, Palladio aborda a arquitetura
e  engenharia pública e urbana, apresentando vários projetos de pontes de sua própria criação e apresentando também as praças, por fim, no ultimo e quarto livro, Palladio faz referencia a arquitetura desenvolvida nos antigos templos existentes em Roma, como também em outros lugares, tanto dentro como fora da Itália.
Ao projetar seus edifícios, Palladio empregou uma paleta completa de motivos, de frontões a pórticos, resultando em estruturas que, embora seguissem uma determinada fórmula, permaneciam distintas e únicas.  Seu acervo arquitetônico está espalhado pela região de Veneto, distribuídos entre Vicenza, Veneza e o interior. Andrea Palladio projetou inúmeras igrejas, palácios e palecetes urbanos, mas foram as villas que lhes deram, e dão, mais estima e admiração. As villas pladianas foram verdadeiras inovações, pois a partir de suas obras, a arquitetura e o paisagismo passaram a se relacionar e acabando por serem projetados onde um pertencia ao outro, onde a casa prolongava-se para dentro da natureza e assim ao contrario.

Com isso, suas obras, estudos e seu tratado derivaram um estilo arquitetônico, o Palladianismo. Esse termo faz referencia a estética pessoal do próprio Palladio, seguindo a evolução que inclui a contribuição original de autores inspirados por ele. Esse estilo refletiu na Europa, e em especial na Inglaterra, e nos Estados Unidos por volta do século XIX, onde influenciou a arquitetura neoclássica.

Palladio faleceu por volta de 1580, aos 72 anos de idade, em Máster, na Itália, deixando assim um grande prestigio, especialmente por ter sido uma figura influente em todo o desenvolvimento da arquitetura no ocidente.


Palladio - Aspectos formais e funcionais de forma geral

De forma geral, Palladio expressa bem os aspectos formais e funcionais de suas obras, como os que são observados nas villas, que apresentam constante repetição de um esquema organizado de planta, que em geral reparte a residência em três faixas nos sentidos  longitudinais, onde a faixa central apresenta o salão principal, ligado a pórticos ou portais de entrada, e três transversais,onde se encontram os salões menores ,com as dependências particulares. Palladio dinamiza com a altura que dá aos salões e compartimentos, com seus forros, suas aberturas e seus locais de acesso, proporcionando uma gama de resultados. Nas entradas nota-se pórticos colunares simples, em projeção sobre um alto pórtico, apresentando ordens sobrepostas, com semicolunas, pilastras simples, lisas e rusticadas, além de pórticos especiais.
Ademais,  Palladio enfrenta um problema quanto inserir o esquema simétrico das villas em obras como os palácios com situações complexas dos lotes urbanos, mas tendo deixado alguns exemplos, é possível notar que em alguns desses ele reduz suas dimensões laterais, ou mesmo omite duas alas de pórticos,assim como em outros exemplos que apresentam apenas pátios posteriores. Para terrenos largos e pouco profundos,Palladio utiliza um partido com pórtico como uma galeria sobre a rua e um pequeno pátio posterior. Quando o terreno é bastante estreito e profundo, ele cria um pátio alongado com átrio de acesso . Ainda há palácios com divisões obliquas que se aplicam em lugares irregulares,com também palácios criados em escala menor, parecidos com as villas e ausentes de pátio. Enquanto na fachada dos palácios, nota-se grande variância , no qual embora todas sejam organizadas pela trama de coluna clássica, existem palácios com semicolunas colossais, com pilastras também colossais,e ordens sobrepostas e sobre um pórtico rusticado. Ademais,os espaços internos dessas construções  são carregados de investimento de criatividade de Palladio, como os átrios de entradas desses palácios, resolvidos de múltiplas formas.

Por fim,Palladio pouco se encarrega de projetar igrejas,mas seus poucos projetos de templos revelam deforma muito forte a importância dos estudos das ruínas romanas, e isso lhe permitiu entender os aspectos organizativos, espaciais e construtivos das termas, fóruns e templos imperiais, para assim adaptá-los aos seus projetos. Desse modo Palladio destaca nesses projetos dois aspectos: os salões centrais presentes nas termas e o templo de planta circular com as presença de cúpula.


Villa Capra e seus aspectos formais e funcionais


A Villa Capra, também conhecida como Villa Rotonda,  é uma das mais belas e famosas villas de Andrea Palladio sendo um dos mais celebrados edifícios da História da Arquitetura da época moderna.
A Villa Capra ilustra perfeitamente a significação do classicismo. Entre seus aspectos formais temos o fato dela  ser definida por um bloco quadrado, simétrico, encimado por uma cúpula e apresentando nas quatro fachadas pórticos idênticos, cada qual com um pórtico e forma de fachada de templo, agrupados em torno de um amplo átrio que recorda o Panteão Romano.
Apesar de estar inserida num círculo, a planta do edifício não é circular, e sim representa a intersecção de um quadrado com uma cruz grega.   Todas as quatro fachadas eram dotadas de um corpo avançado com uma galeria que se podia alcançar subindo uma escadaria e cada uma das quatro entradas principais conduzia, atravessando um vestíbulo, à sala central coroada pela cúpula. Esta sala e os demais cômodos tinham proporções calculadas com precisão matemática, com base nas regras de arquitetura desenvolvidas por Palladio, elaboradas no seu quarto livro.




Na sala central, o arquiteto imprime um impulso centrífugo, alargando-a para o exterior, nos quatro pórticos jônicos e na escadaria, resultando assim numa arquitetura aberta, com vista e acesso pelos quatro lados, observando o campo e a cidade. A sua estrutura é extremamente lógica, obedecendo a uma racionalidade geométrica e matemática.
Além do aspecto externo, pensada para um homem religioso, Palladio inseriu em seu aparato decorativo do interior, elementos formais, destinados a sugerir um sentido de sacralidade. A abundância de afrescos cria uma atmosfera que lembra mais uma catedral que uma residência sendo considerada um templo grego adaptado para habitação.  
Levando para o lado funcional, o telhado coberto de telhas ajuda a segurar as paredes, sustentando a cúpula. Os pórticos auxiliam também os arcobotantes nas paredes exteriores da villa. O fato dela ter quatro entradas, faz com que haja maior integração entre todos os ambientes interno e maior ligação com a área externa.   
Para permitir a casa divisão uma exposição solar análoga, a planta foi girada em 45 graus em relação aos pontos cardeais.Todas as quatro galerias apresentavam um pórtico com frontão ornado por estátuas de divindades da antiguidade clássica.Esse frontõs eram suportados por seis colunas jônicas cada um e cada galeria era flanqueada pra uma única janela de cada lado.
Com o uso da cúpula, aplicada pela primeira vez a um edifício residencial, Palladio se depara com o problema da planta central, usada até aquela momento na arquitetura religiosa. Mesmo já tendo outros projetos anteriores de residências com planta central, a Villa Capra permanece como peça única na arquitetura mundial, reconhecida como modelo ideal. O projeto foi muito copiado e deu nascimento ao tão propalado Estilo Palladiano.





1- Colunas jônicas
2- Frontão
3- Cúpula e lanterna
4- Arco de volta perfeita

A- Pórtico Jônico
B- Salão circular central (rotonda) coberto por uma cúpula
C- 4 fachadas idênticas com escadas para acesso ao edifício
D- Simetria e proporção
E- Quadrado e círculo integrado







Principais obras


Palladio construiu edifícios influentes, entre eles, a reconstrução do Palazzo della Ragione da era gótica, passando a ser chamado de Basílica Palladiana cujo nome está associado ao seu.
O edifício público se forma na Piazza dei Signori, em Vicenza, no piso térreo estão localizadas as lojas de ourives que possuem a vocação comercial histórica do lugar e alguns espaços de exposição.
Uma escadaria de mármore do final do século XV conduz à loggia superior, a partir da qual a entrada é acessada pela característica cobertura de cobre, em parte levantada por grandes arquivoltas, sendo inteiramente ocupado por um enorme salão. À esquerda do edifício é localizada a da Torre de Bissara, com 82 metros de altura, base e uma inclinação de 7 metros.


Basílica, Vicenza, 1549




Palladio transformou o velho palácio medieval numa esplêndida habitação de campo, voltada ao estudo das artes e à contemplação intelectual. Ele planejou a villa com linhas baixas estendendo-se até um grande parque. O plano da planta baixa é retangular, com salas perpendiculares ao longo de um  grande eixo, o bloco central, cercado por duas alas simétricas, têm dois pisos, a frente é uma arcada aberta, contém a principal sala de recepção e é decorado com quatro colunas jónicas, que também é coroado por um grande frontão, Sob o frontão está uma inscrição em latim sobre o entablamento, onde se lê: "Daniel Barbaro, o Patriarca de Aquileia, e Marcantonio Barbaro, embaixador francês, os filhos de Francesco Barbaro"

A Villa Barbaro é a única das obras de Palladio desta época que coloca as salas da residência privada no piso superior.


Villa Barbaro, Maser, década de 1550




REFERÊNCIAS:
http://www.ebad.info/palladio-andrea
http://monica-arq.blogspot.com.br/2013/04/arquitectura-palladiana-palladianismo.html
http://www.arqhys.com/contenidos/estilo-palladianismo.html
https://www.westwing.com.br/andrea-palladio/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Villa_Capra
http://historiaearquitetura.blogspot.com.br/2012/02/villa-rotonda-andrea-palladio-vicenza.html
http://www.visitpalladio.com/opere/opere-pubbliche/basilica-
palladiana.htmlhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Basilica_Palladiana
https://books.google.com.br/books?id=tZGDyi6EPPoC&pg=PA76&lpg=PA76&dq=Villa+Barbaro,+Maser,+d%C3%A9cada+de+1550&source=bl&ots=HSyaTevvyS&sig=p7FS7B0aYPUlaZjMQXnoal0ZKFY&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiBztXL3d_XAhUHkZAKHeEqAlYQ6AEISDAH#v=onepage&q&f=false
https://pt.wikipedia.org/wiki/Villa_Barbaro



Visitando um museu - Arte e Arquitetura dos séc. XIII - XVI


Galleria Uffizi



A Galeria Uffizi (ou Galeria dos Ofícios) localizada em Florença, é o mais famoso e um dos mais importantes museus do mundo.




O Museu da Galeria Uffizi está dividido em várias salas dedicadas a diferentes períodos artísticos.

As Salas da Idade Média mostram as Virgem em Majestade de Cimabue, Giotto e Buoninsegna e composições das escolas sienesa e florentina incluindo a Adoração dos Magos (Adorazione dei Magi) da autoria de Gentile da Fabriano.
Nas Salas Renascentistas encontramos quadros de Masolino, Masaccio, Paolo Uccello, Fra Angelico, Fillippo Lippi e Piero della Francesca (incluindo o famoso Retratos do Duque e da Duquesa de Urbino).
A Sala de Boticelli é particularmente impressionante na medida em que alberga dois dos mais famosos quadros do mundo: A Primavera (Allegoria della Primavera) e O Nascimento de Vénus (Nascita di Venere).
Estes quadros foram pintados nos anos oitenta do século quinze e são o primeiro exemplo em Itália de um tema secular pintado num quadro de grandes dimensões.
Nesta sala podemos testemunhar toda a evolução artística de Sandro Boticelli, desde as primeiras obras como Madonna do Jardim de Rosas até obras de uma fase mais madura como a Madonna da Romã.
Ainda nesta sala pode encontrar algumas obras de génio flamengas que testemunham a vitalidade e abertura cultural da Florença Renascentista.
Outra sala é dedicada a Leonardo da Vinci e aloja a sua Anunciação e a Adoração dos Magos juntamente com quadros de Perugino e Signorelli.

Outras salas são dedicadas a obras da Renascença não produzidas na cidade de Florença como são o caso das geniais obras de Dürer, Mantegna e Correggio.

As salas dedicadas ao século dezasseis apresentam as fabulosas obras de Michelangelo tais como o Doni Tondo e ainda obras de Ticiano e Tintoretto.

A Sala Vermelha e a Sala Azul expõem composições de pintores flamengos e esculturas juntamente com quadros de Andrea del Sarto, Pontormo, Rosso Fiorentino e Bronzino.

As Salas de Caravaggio e dos Caravagismos alberga obras de arte famosas como Baco e Medusa assim como quadros de Guido Reni.
A Galeria Uffizi possui ainda o Gabinete de Desenhos e Impressões que apresenta umas das maiores coleções do mundo e que inclui desenhos de Leonardo e Michelangelo, e a Coleção Contini-Bonacossi adquirida no final dos anos noventa e que inclui obras da autoria de Andrea del Castagno, Gian Lorenzo Bernini e Goya, bem como salas para exposições temporárias.

Confira algumas obras:







OBRA: La adoración de losreyes magos de gentile da fabriano (Pala Strozzi)
LOCAL: Sala 7

AUTOR: Gentile da Fabriano
ANO: 1423
DIMENSÕES: 2,03 m x 2,82 m
ESTILO: Gótico
CARACTERÍSTICAS: Pintura em têmpera
COMENTÁRIOS: Os sumptuosos vestidos dos personagens e os refinados arneses dos cavalos, a descrição da paisagem e a magnífica estrutura de madeira esculpida, fazem desta pintura uma verdadeira obra-prima.





OBRA: O nascimento de Vênus
LOCAL: SALA 10-14


AUTOR: Sandro Botticelli
ANO: 1484 - 1486
DIMENSÕES: 172,5 x 278,5 cm
ESTILO: Renascentista
CARACTERÍSTICAS: Pintura em têmpera
COMENTÁRIOS: A riqueza de detalhes, o uso das cores claras, a harmonia das formas, a delicadeza dos movimentos, a serenidade nos olhares e a alusão ao mito de vênus marcam a obra.




OBRA: O Doni Tondo de Michelangelo


LOCAL: Sala 35

AUTOR: Michelangelo
ANO: 1506-1508
DIMENSÕES: 120 cm de diâmetro
ESTILO: Maneirismo
CARACTERÍSTICAS: Pintura em têmpera

COMENTÁRIOS: O Tondo Doni ou a Sagrada Família referem-se ao período em que Michelangelo retornou a Florença após sua primeira permanência em Roma, o mesmo período em que o grande artista esculpiu o famoso David. Com composição intrigante, cores assombrosas e figuras monumentais, esta pintura é uma das obras-primas da arte ocidental.

                             

NOME: Baco
LOCAL: Sala 4
ANO: 1595
AUTOR: Caravaggio
ESTILO: Barroco
TÉCNICAS: Pintura a tinta a óleo sobre tabla
DIMENSÕES: 95 cm x 85 cm
COMENTÁRIOS: O uso de sombras por Caravaggio era incomparável em sua época. Porém, em uma de suas obras menos dramáticas, ele retrata maravilhosamente as falhas humanas em sua representação do deus romano do vinho.

              


OBRA: A anunciação
LOCAL: Sala 15
AUTOR: Leonardo da Vinci
ANO: 1472
DIMENSÕES: 217 cm x 98 cm
ESTILO: Renascimento
CARACTERÍSTICAS: Pintura a óleo sobre tela
COMENTÁRIOS: A pintura é adornada com muitos elementos naturais minuciosamente desenhados, como as flores, símbolo da pureza da virgem e a paisagem, que parece se estender ao infinito, graças ao efeitos atmosféricos trabalhados através da luz.


Informações adicionais sobre a exuberante Galeria:

Morada do Museu: Piazzale degli Uffizi, Florença, Itália.

Horário de funcionamento:
De terça-feira a domingo – das 08:15 às 18:50
A bilheteira encerra às 18:05
O encerramento da Galeria começa às 18:35
Encerrado: Segundas-feiras, Dia de Ano Novo, Dia 1 de Maio e Dia de Natal.

Bilhetes:
Preço Normal: €6,50
Preço Reduzido: €3,25
Gratuito: Crianças com menos de 6 anos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes, guias turísticos e professores inseridos em grupos escolares devidamente autorizados.
O preço dos bilhetes pode alterar-se no decorrer de eventos especiais ou exposições temáticas.



REFERÊNCIAS:


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Arquitetura religiosa do Renascimento ao Barroco










INTRODUÇÃO

A arquitetura maneirista dá prioridade à construção de igrejas de plano longitudinal, com espaços mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o transepto, deixando de lado as de plano centralizado, típicas do renascimento clássico. No entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanças que este novo estilo introduz refletem-se não somente na construção em si, mas também na distribuição da luz e na decoração.
A arquitetura barroca está entre as principais formas de manifestação da contrarreforma religiosa católica por meio da arte. Entre os objetivos da manifestava estava o transporte do observador para a cena demonstrada. É por isso que a arquitetura barroca é observada principalmente em igrejas, catedrais e monastérios. Isso ocorria para demonstrar a manifestação da arte cristã.
Já o rococó foi a principal corrente da arte e da arquitetura pós-barroca. Buscava a suavidade em contradição ao Barroco. Mas, não apresentava a mesma religiosidade e dramaticidade deste.


Arquitetura religiosa do Renascimento ao Barroco

No renascimento a arquitetura está bastante comprometida com uma visão de mundo assente em dois pilares essenciais: o Classicismo e o Humanismo, e na arquitetura religiosa não foi diferente. Empregava-se as formas geométricas elementares como o quadrado e círculo, para ordenar o espaço e a estrutura, além de arco de volta perfeita ao em vez dos arcos quebrados, colunas em vez de pilastras e abóbadas de berço e cúpulas de preferência às abóbadas de arestas, contrapondo o estilo anterior. Havia uma preocupação com o equilíbrio geométrico das partes, usando de rigorosa simetria na distribuição dos volumes, na procura de uma ordem matemática. Apresentava forma e proporção diferente do estilo gótico, seguindo um conjunto de regras formais e de proporção que se conectam entre si, de uma forma de antemão estabelecida. Ademais, empregavam Elementos da Antiguidade Clássica, como a combinação de colunas, pilastras e arcos à sua própria maneira para obter leveza e elegância, diferente de todas construídas antes.

Enquanto a arquitetura Maneirista da prioridade a construção de igrejas de plano longitudinal, com espaços mais longos do que largos,com cúpula principal sobre transepto, deixando de lado os de plano centralizado, típicas do Renascimento Clássico.No entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanças que este novo estilo introduz refletem-se não comente na construção em si,mas também na distribuição da luz e na decoração,com isso é notório uma tendência de estilização exagerada e um capricho nos detalhes.



Já no Barroco, a arquitetura religiosa está entre as principais formas de manifestação da contrarreforma religiosa da igreja católica, por isso é observada principalmente em igrejas, catedrais e monastérios. Isso ocorria para demonstrar a imponência da arte cristã. Essa arquitetura tinha uma influencia da antiguidade mais o renascimento, com a utilização das ordens clássicas e com regras construtivas, porém expressava uma nova linguagem decorativa, com elementos construtivos meramente decorativos, como colunas torsas, helicoidais, duplas ou triplas e frontões centrais, os quais dava movimento ascensional nas fachadas, havia uma justaposição de superfícies côncavas e convexas, como as empregadas nas obras de Borromini. Ademais igrejas do período barroco são marcadas por abóbadas, arcos e contrafortes, com plantas retangulares, de uma única nave, com nave central mais alongada e naves laterais reduzidas introduzindo capelas abertas para o espaço central.




Cúpula da Catedral de Santa Maria Del Fiore
Renascimento
                                           
Basílica de São Pedro
Barroco



                                         
Igreja do Redentor
Maneirismo







TABELA COMPARATIVA 




REFERÊNCIAS
https://books.google.com.br/books?id=iUbOMy53MQMC&pg=PA134&lpg=PA134&dq=interação+de+externo+e+interno+na+arquitetura+barroca&source=bl&ots=JEwkg8K-CS&sig=gRz6682GLIm0fka5tPaTbM6jmkg&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjbsLyhydjXAhVGipAKHSQcCRQQ6AEINjAG#v=onepage&q=intera%C3%A7%C3%A3o%20de%20externo%20e%20interno%20na%20arquitetura%20barroca&f=false


domingo, 29 de outubro de 2017

Renascimento Setentrional

                                                 
Arquitetura Renascentista na França

Castelo de Azay-le-Rideau, 1527.
O Castelo de Azay-le-Rideau é um palácio da França localizado na comuna de Azay-le-Rideau, no departamento de Indre-et-Loire. Foi construído entre 1518 e 1527, por Gilles Berthelot, tesoureiro do rei Francisco I e alcaide de Tours, sendo um exemplo do Renascimento francês. Edificado sobre uma pequena ilha do rio Indre, a sua estrutura eleva-se directamente a partir do rio.



   Legenda:   

1-Bastiões
2-Emtablamento
3-Voluta
4-Frontão
5-Lacour
6-Pilastra


              Arquitetura Renascentista na Inglaterra

Palácio do Banquete, Inigo Jones. 1622

O Banqueting House de Inigo Jones, construído entre 1619 e 1622 em Londres para o rei James I, foi um apêndice do palácio real Whitehall Palac, e dos partidos que formaram parte desse grande complexo arquitetônico.


                                                              Legenda:

1-Frontão segmentado redondo
2-Coluna coríntia
3-Telhado balaustrado
4-Base de pedra trabalhada
5-Festão
6-Coluna jônica
7-Mísula
8-Frontão segmentado triangular








       Tabela Comparativa


sexta-feira, 29 de setembro de 2017

A cidade do primeiro Renascimento

        

O tecido edilício e as muralhas urbanas

    Visando o ponto de vista técnico houve uma reconstrução das muralhas. A fim de leva-las para o exterior e trazer uma modernização com a construção do segundo andar.

     Devido a essa reconstrução, houve um maior distanciamento da integração funcional entre a cidade e área rural. Entretanto, isso não impediu o avanço de ambos. Ademais, contribuía para uma melhor organização da malha territorial.

  Com a construção do segundo anel, os subúrbios eram deixados de fora. Consequentemente, ocorria uma mudança em sua estrutura. Os subúrbios ocupavam os precedentes entre a muralha e o segundo anel, sendo este um lugar que permanecia sem edificações. Como ocorrente nas cidades Flamengas.

     Na cidade de Gand, o aumento de habitantes não interfere na ampliação do anel. Dentro das muralhas o desenvolvimento acontece devido ao acréscimo das exigências e os costumes impostos pela classe superior. Enquanto isso uma boa parte da população continua a ocupar os subúrbios.

     Por causa da expulsão dos extratos inferiores, houve uma modificação no tecido social, e com isso os perímetros passaram a dar grande importância aos edifícios municípios, que eram localizados nas praças centrais.

     As muralhas eram divididas em duas formas, Bastiões e Rivelline, que sofreram adaptações para fins de segurança. Com isso, era possível montar canhões, armamentos e glaces. Outra forma de defesa eram as Portas Urbiches, que delimitavam as cidades.

     Em Gênova, as construções arquitetônicas eram favorecidas pelas classes nobres, devido ao seu poder que era refletido nelas. Com isso eram privilegiadas por serem localizadas em pontos estratégicos do tecido urbano.

  Governada pela família do este, Ferrara foi uma cidade exemplar na arquitetura contemporânea. Transformações urbanísticas aconteciam de maneira brusca e com grande frequência até o século XV. A ideia de transformar a cidade veio de Hércules. Ainda, no final do século XV, Ferrera resolveu ampliar e renovar a cidade aplicando a arquitetura contemporânea. A qualidade da cidade é dada pela localização dos edifícios de grande importância, situando-se nos pontos focais.






Bibliografia:

CALABI, Donatella. A cidade do primeiro Renascimento. São Paulo: Perspectiva, 2008



   

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Elementos Compositivos da Arquitetura Renascentista




A seguir analisaremos os principais elementos compositivos de três obras de grande relevância para a arquitetura renascentista. Iremos identificar esses elementos por meio de uma reinterpretação da obra oficial que segue a linhagem características da antiguidade clássica. 



Cúpula da Catedral de Florença, Brunelleschi, 1419.
                                              

1. Lanterna
2. Casca externa
3. Casca interior
4. Conectores horizontais
5. Segunda costela
6. Nervuras principais
7. Apoio octogonal
8. Óculo


   Fachada do Hospital dos Inocentes,  Brunelleschi, 1419.

                                           


1. Arquivoltas
2. Colunas corintias
3. Escalonado
4. Medalhões
5. Arquitrave


Fachada da Igreja de Santa Maria Novella, Alberti, 1470.


                                        
1. Frontão
2. Pilastras listradas
3. Volutas
4. Arco de volta perfeita
5. Pilastras
6. Entablamento
7. Arcos redondos decorativos
8. Arcos decorativos